domingo, 16 de junho de 2013

s.f. Prudência, precaução, cuidado.

Os avanços tem sido significativos nos últimos tempos. E como gosto de guardar certas datas, deixei que algumas breves reflexões saíssem pelos dedos. A “natureza selvagem” de minha Belém, em referência à um certo livro que li dias atrás, tem se mostrado cada vez menos difícil de entrecortar. Mas não menos densa.
Cautela!
Uns anos atrás aprendi sobre um personagem da história que disse que muitas vezes precisamos recuar um passo para avançarmos outros dois. Isso foi numa aula estranha com um professor que há muito parecia só recuar...
Excesso de cautela?
Independente dos passos ou da quantidade deles, não estou com essa pretensão toda de avançar sobre certos aspectos, sobre certos caminhos. “A natureza selvagem”, disse o livro, “nem sempre nos recebe muito bem”. Talvez de assustada é que as vezes ela se feche.
Definitivamente é cautela.
Num outro livro, que também li não faz muito tempo, encontrei um trecho muito interessante que dizia assim: “a prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar”. Em meio à tanta energia e tanta densidade nesta floresta, onde é impossível passar inerte, foi quase chocante se deparar, quase instantaneamente, com a necessidade de desacelerar.
Cautela, enfim!

domingo, 2 de junho de 2013

Sobre ciclos, círculos e virtuoses

Acabo de voltar de viagem. Ida e volta quase tão rápidas quanto a hora de um relógio num intervalo de almoço no trabalho.
Fechando um ciclo virtuoso de pequenas grandes vitórias, poder reviver este circuito Belém-São Paulo-Belém foi por demais instigante.
Se até alguns meses atrás o ésse chiado gerava estranhesa, depois de dez anos; desta vez, depois de quase três meses, já era ele que regulava novamente meus ouvidos e, já em Sorocaba para algumas poucas horas, o érre arrastado soava com algum ar de novidade.
Você traça planos, se esforça por colocar os anseios dentro de uma razão qualquer (compreensível no papel, ao menos) mas de verdade, no fim, sempre teremos uma dificuldade enorme em saber quanto ou quando certos objetivos estarão aqui, ao nosso lado, em nossas mãos, concluídos e instalados em nossa tranquilidade.
Reviver amigos, paisagens, famílias de sangue, ideias e ideais foi importantíssimo pra saber que o meu caminho é este.
Cada um escolhe o seu norte. Com algumas pessoas percebemos que os nortes se cruzam, independente dos planos e do plano. Ao poder rever estas pessoas aniversariando, casando, sorrindo e gargalhando, ainda que não tenhamos sentado em roda, em círculo, foi curioso perceber como certas mensagens são captadas à velocidade de um raio:
- Sim estou [mais] em paz. - respondo. Ou "mais ao norte", poderia brincar. Também foi gostoso percebe-los em busca dos seus.
A virtuose? Aprendi que uma virtuose pode ser aquela sequência de notas e acordes tão habilmente executadas que poucos músicos são capazes de conseguir.
Gosto de pensar que qualquer um de nós é capaz de fazer da própria vida uma virtuose, cada um a sua maneira, com a sua música. Basta saber qual direção tomar, com qual trilha sonora.
Acabei de voltar de viagem. Foi gostoso perceber amigs e famílias fazendo virtuoses de suas vidas.
Entre um trecho e outro de música, desta vez fico uma faixa inteira: "Paula e Bebeto", na voz de Milton Nascimento.
Saudade, pessoas!